Riscos | ÁREAS INUNDÁVEIS
A vulnerabilidade do concelho de Loures à ocorrência de cheias deve-se às características naturais da bacia hidrográfica do Rio Trancão, conjugada com a influência das marés do estuário do Tejo. Em episódios de precipitação forte, as cheias têm um caracter intenso e repentino, observando-se dificuldades de escoamento das águas, sobretudo nas áreas mais baixas e planas, como é o caso de Loures, Frielas, Sacavém, e ainda, mas em menor intensidade, em Santo Antão do Tojal, São Julião do Tojal, Unhos e Bucelas.
A cartografia que se apresenta traduz as áreas das cheias com três períodos de retorno: 25, 50 e 100 anos. O período de retorno corresponde ao intervalo de tempo estimado de ocorrência de um determinado evento. Se uma cheia é igualada ou excedida em média a cada 100 anos terá um período de retorno T = 100 anos. Isto não quer dizer que este evento ocorrerá regularmente a cada 100 anos. Dado um período de 100 anos qualquer, a cheia de 100 anos poderá ocorrer várias vezes ou até não ocorrer. Diz-se que esta cheia tem 1% de probabilidade de ser igualada ou excedida em qualquer ano. Este parâmetro tem grande utilidade para análises de risco e dimensionamento de obras de engenharia.
A problemática das cheias no concelho de Loures tem sido objeto de vários estudos, traduzindo-se numa das grandes prioridades municipais a implementação de medidas pro-ativas, a par de medidas preventivas, apoiadas na informação e nas opções tomadas ao nível do ordenamento do território.
Nesta perspetiva foram executadas, por todo o concelho, várias intervenções de redimensionamento de passagens hidráulicas e de regularização de cursos de água: como por exemplo na foz do Trancão e no troço terminal da ribeira da Apelação em Sacavém, na ribeira do Prior Velho, e ainda em vários troços do Rio de Loures com impactos importantes na cidade de Loures.
saltar para o índice de conteúdo (tecla de atalho: 3)
regressar à navegação principal da área (tecla de atalho: 1)