Biodiversidade
Estuário do Tejo
O território oriental do concelho de Loures, densamente povoado, tem uma extensão considerável de frente do estuário do Tejo, correspondendo a uma faixa com cerca de 5,5 quilómetros de sapal com grande valor ambiental e paisagístico.
O sapal constitui um por cento do território concelhio e situa-se na Reserva Natural do Estuário do Tejo, uma das maiores zonas húmidas da Europa e o maior santuário de vida selvagem do país, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas.
Valorização da Frente Ribeirinha
A criação do passeio ribeirinho, pedonal e clicável, junto ao rio Tejo e a nascente do IC2, constitui uma oportunidade para iniciar e impulsionar um processo de mudança, com vista à regeneração da frente urbana em que se insere, iniciando o processo de reconversão de áreas industriais desativadas e obsoletas, valorizando o património industrial e também as igrejas, palácios e quintas da encosta.
Deste modo, proceder-se-á à diminuição das barreiras físicas e visuais, encarando as estações de caminho de ferro como potenciais interfaces de transportes coletivos e equacionando a criação de corredores verdes, entre o rio e os aglomerados urbanos da encosta, aproveitando as ribeiras existentes.
A várzea e costeiras de Loures
A várzea e costeiras de Loures ocupa a área central do concelho, unindo as suas duas cidades- Loures e Sacavém - e ainda as localidades de São Julião do Tojal, Santo Antão do Tojal, Santo António dos Cavaleiros, Frielas e Unhos, correspondendo à várzea a planície aluvial da ribeira da Póvoa, ribeira da Mealhada, rio de Loures, ribeira de Fanhões, rio Trancão e ribeira de Alpriate e às costeiras, as vertentes acentuadas a Sul (Camarate, Frielas e Unhos) e a Nascente (São João da Talha e Bobadela).
A presença constante da água em rios, ribeiras, valas, pauis, salgados e salinas, legou a esta área extrema riqueza em biodiversidade, solos férteis e vias de comunicação que marcam a economia, tradição e cultura dos aglomerados ao seu redor.
Atividades de recreio, desportivas, culturais, pedagógicas, turísticas, de observação da natureza e ainda atividades ligadas à agricultura, passam a estar patentes ao público, tendo em conta que na envolvente da várzea e costeiras de Loures reside quase 80 por cento da população do concelho.
O novo Plano Diretor Municipal previu a criação da Unidade Operacional de Planeamento e Gestão B – Várzea e Costeiras de Loures, com uma área de 1733 hectares (11% da área do concelho) de solo rural, com o objetivo de criação do projeto Parque Agrário da Várzea e Costeiras de Loures.
O projeto Parque Agrário da Várzea e Costeiras de Loures pretende garantir, neste território:
- Controlo de cheias e adaptação às alterações climáticas;
- Restauro ecológico de linhas de água, conservação de outros habitats e proteção da biodiversidade;
- Apoio à agro-silvo-pastorícia, incluindo as costeiras e as zonas de interface agro/urbanas;
- Proteção e divulgação do património cultural;
- Instalação de rede de caminhos pedonais e cicláveis, zonas de estadia e miradouro;
- Promoção da vivência do Parque pela população.
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