Rotas e Percursos
Rota Histórica das Linhas de Torres
Reconhecido como Monumento Nacional, a Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT) é um produto cultural e turístico que convida o visitante a descobrir um património único na história da Europa, associado às Invasões Francesas, mas que integra muitos outros pontos de interesse para aqueles que a percorrem.
A RHLT é uma oferta que incorpora experiências muito variadas, desde a visita a sítios de valor patrimonial, à degustação de vinhos produzidos na região, ao deleite de uma gastronomia rica, à fruição de paisagens deslumbrantes!
O visitante pode escolher entre os vários percursos articulados em rede que abarcam uma vasta região, desde o rio Tejo à costa Atlântica, apoiados em Centros de Interpretação, que contextualizam o visitante no período histórico e social do património que visita. As fortificações do sistema defensivo militar, localizadas no concelho de Loures, estão inseridas nos seguintes circuitos: Nó das Linhas, Os Grandes Desfiladeiros, Alrota - Arpim e Ribas.
O visitante tem ao seu dispor o mapa e o guia que lhe permite eleger um ou mais percursos, ou poderá informar-se junto dos vários Centros de Interpretação, como por exemplo, o de Bucelas.
https://www.rhlt.pt/pt/
Centro de Interpretação da Rota Histórica das Linha de Torres
Localizado nas instalações do Museu do Vinho e da Vinha, este equipamento municipal promove, de modo interativo, o conhecimento sobre a Guerra Peninsular, com o objetivo de preservar a história, a cultura e a memória coletiva de um povo que, no início do século XIX, em esforço de guerra, esteve à altura dos acontecimentos e se uniu em prol de uma causa comum, erguendo um sistema de fortificações militares para garantir a defesa da cidade de Lisboa.
A partir deste equipamento poderá visitar as estruturas militares que integraram o sistema defensivo das Linhas de Torres no atual território de Loures.
Terça-feira a domingo | 10h00 » 13h00 | 14h00 » 18h00
Encerra às segundas-feiras e feriados.
Visitas gratuitas
Rua D. Afonso Henriques, 2 e 4 (EN 16)
2670-637 Bucelas
Telemóvel: 924 487 297
Telefone: 211 150 669
Endereço eletrónico: museu_vinho@cm-loures.pt e cilt@cm-loures.pt
Forte do Arpim
O Forte do Arpim localiza-se na freguesia de Bucelas, numa zona próxima do limite do concelho que faz fronteira com o de Vila Franca de Xira. A sua posição estratégica permitia uma comunicação visual com outras fortificações, nomeadamente com o conjunto do Calhandriz e da Aguieira, num primeiro plano, mas também com as posições da Ajuda. Esta fortificação fazia parte da Primeira Linha Defensiva, sendo uma posição recuada da mesma e juntamente com outras, protegia o território entre a margem do Tejo e os Desfiladeiros de Calhandriz e de Bucelas.
Este forte apresenta uma planta poligonal rodeada por um fosso e é praticamente todo construído em terra, com exceção do paiol. Ainda no seu interior, existem cinco canhoneiras e um imponente paiol, no qual são visíveis os vestígios onde encaixavam as estruturas em madeira, bem como o sistema de drenagem das águas pluviais. No exterior destaque para o través em cotovelo que protege o seu acesso.
Reduto da Ajuda Grande
O Reduto da Ajuda Grande está situado a norte da freguesia de Bucelas, perto da aldeia de Alrota numa plataforma que permite a visualização de uma vasta área. É um excelente local paisagístico e simultaneamente permite uma leitura da estratégia que teve na base da construção deste sistema defensivo.
Esta obra militar de campo inseria-se na Segunda Linha Defensiva e faz parte de um conjunto de fortificações que protegiam o território compreendido entre o Tejo e o Desfiladeiro de Bucelas, atravessado pela estrada de Vila Franca a Alverca e pela via do Sobral de Monte Agraço ao Tojal, passando por Arranhó e Bucelas.
Este Reduto apresenta uma planta composta, constituída por dois baluartes acoplados, com três acessos. É rodeado por um fosso, nalguns pontos escavado na rocha, possui no exterior um través em cotovelo que defende uma das entradas viradas a norte. No seu interior existe um paiol, um total de cinco canhoneiras e dois traveses, um deles também em cotovelo, que reforça a dinâmica defensiva das entradas.
Reduto de Montachique
O Reduto de Montachique, situado no interior do Parque Municipal do Cabeço de Montachique, tinha como objetivo estratégico garantir a defesa do Desfiladeiro de São Gião. Juntamente com o reduto do Moinho assegurava o controlo da Estrada Real que vinha de Mafra. Na época das Guerras Peninsulares, ou também conhecidas por Invasões Francesas (1807-1810), a povoação de Montachique representava um lugar estratégico pela sua proximidade a muitas fortificações e, por essa circunstância, funcionou neste local um posto de abastecimento de víveres para as tropas anglo-portuguesas.
Reduto de Ribas
O Reduto de Ribas é uma notável fortificação de campo, com vista magnifica sobre uma vasta região marcadamente rural. Implantado no topo da Serra de Ribas dominava o Desfiladeiro do Freixial e as estradas transitáveis que, na época, permitiam a ligação entre Montachique e Bucelas. Notável local para observar a paisagem circundante, que oferece no início de cada primavera, a possibilidade de contemplar várias espécies de orquídeas selvagens.
Esta obra militar fazia parte da Segunda Linha Defensiva e estabelecia contacto visual com várias posições militares, edificadas no Nó da Malveira e de Montachique. O Escarpamento de Ribas, localizado nas proximidades, é exemplo de um tipo de obra militar que visava reforçar militarmente as barreiras naturais que constituíam os relevos. Na cumeada da Serra de Ribas ainda se podem observar os taludes artificiais, em alguns troços conservando o aparelho em pedra, que acentuavam uma inclinação com o propósito de impossibilitar a subida do invasor. Esta obra militar defensiva estende-se entre o Reduto de Ribas e o do Mosqueiro.
Reduto do Mosqueiro
O Reduto do Mosqueiro também inserido na Segunda Linha Defensiva, articulava com um conjunto de outras obras militares que, com a Serra de Ribas constituíam uma barreira ao avanço do invasor. Este Reduto apresenta uma planta poligonal circundada por um fosso profundo que convidamos a caminhar durante a visita. A altura da contraescarpa ainda transmite a sensação de segurança para quem está no seu interior. Próximo deste local é visível o Cabeço de Montachique, o ponto mais alto do concelho de Loures, vestígios de uma chaminé vulcânica que na altura das Invasões Francesas foi usado para implantar um Poste de Comunicações. O sistema defensivo em causa incorporou não só uma rede de Estradas Militares que garantiam a mobilidade e o abastecimento, como também um sistema de comunicação baseado em semáforos óticos.
Rota Memorial do Convento
Memorial do Convento renasce em forma de rota cultural e histórica, numa homenagem a José Saramago.
O Romance que revolucionou a Literatura portuguesa contemporânea, juntou os municípios de Loures, Mafra, Lisboa e a fundação José Saramago na criação de um itinerário literário original que promove o património religioso, estético e turístico dos seus territórios, de forma simultaneamente turística, cultural e literária.
A Rota Memorial do Convento, seguindo o texto do livro, converte-se em eixo aglutinador de momentos e monumentos históricos e paisagísticos do século XVIII, entre Lisboa e Mafra, passando por Loures, com pontos de interesse patrimonial em Sacavém – Miradouro do Rio Trancão, Stº António dos Cavaleiros – Museu Municipal de Loures, Unhos – Igreja de S. Silvestre, Stº Antão do Tojal – Praça Monumental e Palácio dos Arcebispos e Fanhões – Igreja de S. Saturnino.
De mão dada com a ficção da obra literária, a Rota Memorial do Convento reproduz, cruzando-as, as rotas das estátuas, dos sinos e dos tijolos de Lisboa para o Convento de Mafra e acompanha as personagens criadas por José Saramago, a par das figuras históricas, nos seus percursos por estradas, caminhos e lugares.
https://www.rotamemorialdoconvento.pt/pt/
Sugestão de Percursos:
Proposta 1 – Entre Património, Tradição e Paisagens Deslumbrantes
Comece esta viagem no coração histórico de Loures, com uma visita à Igreja Matriz de Santa Maria de Loures, símbolo da fé e da arquitetura local. Continue até à encantadora Quinta do Conventinho, antigo Convento dos Frades Franciscanos, onde poderá visitar o Museu Municipal de Loures e passear tranquilamente pelos jardins, descobrindo recantos inspiradores e miradouros com vistas magníficas sobre o vale.
A próxima paragem leva-o até Santo Antão do Tojal, onde o tempo parece ter parado. Explore o conjunto monumental que inclui a imponente Igreja Matriz e Fonte Monumental, percorra o Aqueduto Barroco e refresque-se junto ao elegante Chafariz Público. A viagem segue até Fanhões, conhecida pela arte da calçada portuguesa. Aqui, admire o Monumento ao Calceteiro e o largo da Igreja Matriz.
Para um final em grande, escolha um dos baloiços panorâmicos da região: o Baloiço de Fanhões ou o Baloiço do Cabeço de Montachique, ambos com vistas amplas sobre a serra e a paisagem envolvente. Perfeitos para relaxar… e tirar aquela fotografia memorável!
Proposta 2 – História Industrial, Lendas de Batalhas e Paisagens Ribeirinhas
A manhã começa com uma viagem ao passado industrial no Museu da Cerâmica de Sacavém, onde poderá conhecer a icónica Fábrica de Loiça e as histórias de quem ali trabalhou, através de exposições que dão vida ao quotidiano da época.
Siga depois para Santa Iria de Azóia e atravesse a ponte sobre o rio Trancão, onde se travou, em 1147, uma batalha decisiva entre mouros e cristãos — imagine os sons, o movimento, o confronto épico às portas de Lisboa. Termine este itinerário com uma visita ao Castelo de Pirescouxe, sentinela silenciosa de outras eras. Aprecie o contraste entre as muralhas e o horizonte amplo sobre o rio Tejo — um cenário perfeito para encerrar esta viagem entre lendas e paisagens.
Proposta 3 – Bucelas: Vinhos, História e Natureza a Cada Passo
Dê início ao dia em Bucelas, vila de vinhos e tradições. Visite o Museu do Vinho e da Vinha e o Centro de Interpretação das Linhas de Torres, dois espaços complementares que revelam a alma da região: os segredos da produção vitivinícola e o papel estratégico de Bucelas nas Guerras Peninsulares.
A partir daqui, deixe-se levar a pé pelas ruas da vila: visite a oficina de tanoaria tradicional, passe pelo mercado e pelo coreto na Praça Tomaz José Machado, e não perca a imponente Igreja Matriz. Para retemperar forças, desfrute de um almoço num dos restaurantes locais, onde a gastronomia saloia é rainha.
De tarde, descubra o mundo dos vinhos num dos produtores da região, com uma seleção vínica de excelência. Para terminar em grande, entregue-se à natureza com uma visita ao Forte da Ajuda Grande, um local histórico envolvido por paisagens tranquilas, ideal para uma última inspiração.
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