Refletir com os vários agentes sobre as formas mais eficazes de promover atividades socioculturais, no atual contexto económico, foi o desafio a que Autarquia se propôs neste debate, o qual trouxe à discussão um dos conceitos que está na génese de toda esta problemática: o que são atividades culturais.
Na semana em que se discutem temas ligados à promoção da Cultura e Desporto, a Autarquia convidou três personalidades - Rui Banha, formado em sociologia, estatística e gestão de informação, Luis Bom, professor universitário, e ainda Marcelino Sousa Lopes, doutorado em ciências da educação – que, embora tenham formação noutras áreas, adquiriram uma vasta experiência na área sociocultural, por via da sua participação em vários projetos.
O professor Luis Bom lembrou que “um político que é eleito tem sempre uma grande dificuldade nestas questões, porque as atividades culturais são tudo, desde a procissão até à atuação de um grupo de teatro. É um campo tão extenso que implica muitas políticas e muitas funcionalidades. As pessoas estão à espera que se dê resposta a tudo mas as possibilidades são limitadas”.
Foi também para colmatar esta dificuldade com que os autarcas se deparam, que o Município promoveu este espaço de reflexão e debate, onde se pretendeu recolher contributos e perspetivar soluções que possam ajudar na definição de uma futura estratégia de intervenção cultural municipal que, na opinião de Marcelino Sousa Lopes deve ser “viva e participada”, nomeadamente através de um novo associativismo que responda às necessidades atuais. “Pretendemos que, na sequência do trabalho que estamos a desenvolver sobre esta temática, se possa vir a estabelecer um plano estratégico para o concelho de Loures, criando uma perspetiva de desenvolvimento, num horizonte temporal de uma década”, acrescentou Paulo Piteira, vice-presidente da Câmara Municipal de Loures.
Neste debate marcou também presença a presidente da Assembleia Municipal de Loures, Fernanda Santos.