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Ambiente

Balanço da 18.ª edição do Ecovalor apresentado em Loures

11.07.2019

O Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures, recebeu, no dia 2 de julho, uma reunião técnica sobre a 18.ª edição do programa de educação ambiental da Valorsul – Ecovalor.

 

A reunião teve como objetivo fazer um balanço dos 18 anos do programa Ecovalor – que teve a sua primeira edição no ano letivo 2001/2002 –, bem como da atividade do corrente ano – 2018/2019. O crescimento da Valorsul fez a empresa mudar a metodologia do programa, aumentando as toneladas de resíduos separados, através dos concursos de separação do amarelo (plásticos) e do azul (papel e cartão), bem como atribuindo prémios de participação às escolas da Área Metropolitana de Lisboa. No ano 2017/2018, o programa chegou também às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). O Ecovalor atingiu no ano letivo 2018/2019 a melhor edição de sempre, tanto em número de participantes, como em número de ações de sensibilização e quantidades de resíduos separados nos concursos, que este ano atingiu as 855 toneladas.

Em 18 anos de Ecovalor, o programa já chegou a 450 mil alunos. Realizaram-se 2300 visitas, que abrangeram 45 mil visitantes nas instalações da Valorsul, bem como 3500 ações de sensibilização, e foram recolhidos, via Ecovalor, 1690 toneladas de plástico e 990 toneladas de papel e cartão.

Tendo o programa atingido o melhor resultado de sempre no presente ano letivo, há assinalar a seguinte evolução: o concurso do amarelo contou com 76 mil participantes (mais 46% face ao ano anterior), aumento que representou 430 toneladas de plástico e metal recolhidas e encaminhadas para a reciclagem (mais 39%), assim como 46 mil euros em prémios. Já o concurso do azul contou com a participação de 88 mil participantes (mais 189% em relação ao ano transato), o que representou 472 toneladas de papel e cartão recolhidas e encaminhadas para a reciclagem (mais 146%) e 14 mil e quinhentos euros em prémios.

“Nós, entidades públicas, que temos responsabilidades relativamente às questões do ambiente e, neste caso concreto, às questões dos resíduos, temos sempre de ter em conta uma questão fundamental: sem a participação, envolvimento e vontade das pessoas, não é possível atingirmos os objetivos exigentes que nos são colocados, no sentido de criar melhores condições para a vida no nosso planeta. Este programa corresponde exatamente a isso. À necessidade, tentativa e vontade de transformar todos os agentes educativos em agentes de mudança, que contribuem, todos os dias, para que cada um de nós tenha uma atitude mais responsável”, começou por dizer o chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Loures, que marcou presença na sessão de abertura da reunião de trabalho sobre o programa Ecovalor. António Pombinho destacou a participação do Município de Loures, desde o início, neste programa, reassumindo “o compromisso absoluto da nossa parte em continuar a cooperar da melhor forma, em articulação com os restantes participantes, no sentido em que o Ecovalor possa contribuir, cada vez mais, para estes objetivos”.

Gabriela Ventura, presidente da Comissão Executiva da Valorsul, agradeceu “a todos aqueles que, ao longo de 18 anos de Ecovalor, deram ‘corpo’ a este programa”. “A razão pela qual decidimos fazer esta reunião em Loures tem um duplo simbolismo: o primeiro, é o de relembrar algo que deve estar sempre presente na nossa mente que é a atividade que todos, em conjunto, fazemos na área da recolha e tratamento dos resíduos, a qual é uma atividade que só se faz em parceria entre a Valorsul e os municípios do seu território. E estarmos em casa de um Município da Valorsul, um dos maiores acionistas da empresa, significa não só estarmos em casa de todos nós, mas também sublinharmos, a cada momento, a importância dessa parceria, sem a qual a nossa atividade não terá nunca sucesso. A segunda razão tem a ver com o facto de, há 18 anos, em Loures, se ter iniciado o programa Ecovalor. E é importante voltarmos aqui, quando fazemos o balanço do que foi o Ecovalor no último ano, porque foi o ano em que a vossa ideia surgiu e se expandiu a todas as onze empresas do grupo EGF, que cobrem cerca de dois terços do território e servem mais de seis milhões de pessoas. Durante o ano, cujo balanço fazemos hoje, o programa foi exportado para esse território e população e abrangeu cerca de um milhão de alunos em todo o país, sendo o melhor ano de sempre no Ecovalor em todos os seus indicadores: 300 escolas em todo o território da Valorsul e cerca de 75 mil alunos participantes. Em termos das quantidades recolhidas, a missão do programa visa associar a sensibilização ao resultado e conduzir as pessoas para a sua participação. Desse ponto de vista, este ano foi extraordinário: recolheram-se cerca de 500 toneladas de embalagens e 500 toneladas de papel e cartão, o que significa que aumentámos cerca de cento e cinquenta por cento da quantidade relativamente ao ano passado. Há um salto quantitativo enorme e isso significa que estamos consolidados nesta matéria, neste projeto, quer em termos qualitativos, quer em termos quantitativos, e devemos estar orgulhosos de termos trabalhado uma ideia que hoje é aproveitada por um conjunto muito grande de empresas e, sobretudo, de pessoas”.

“Além da parceria que eu recordei no início”, continuou Gabriela Ventura, “há aqui um terceiro elo que é fundamental: as pessoas. Nós desenvolvemos uma atividade que, sem a participação e colaboração das pessoas, nunca terá sucesso. E, deste modo, um dos nossos objetivos passa pelo chegar às mesmas e motivá-las a alterar comportamentos, o que só se consegue com a sensibilização”.

A presidente da Comissão Executiva da Valorsul salientou ainda o outro público-alvo da empresa: “Do Ecovalor, que trabalha o público-alvo escolar, nasceu um outro programa – Toneladas de Ajuda –, direcionado para as instituições de solidariedade social e a capacidade que elas têm de entrar no tecido social dos territórios, tendendo para uma população mais específica. O objetivo é o mesmo: recolher e trazer material, contribuindo para que a Valorsul cumpra com as suas metas. Temos também uma aposta de sucesso nos chamados Ecoeventos, que chegam muito bem às pessoas e que retornam com efetivo contributo material”.

Por último, Gabriela Ventura destacou um quarto vetor da empresa, o do pequeno comércio e serviços, “que é um grande contribuinte para com os nossos materiais. Sabemos que o facto de chegar direta e especificamente a esse circuito alivia os circuitos da recolha mais genérica e tem, no ponto de vista do custo-benefício, um grande resultado. Nós estamos a apostar nestes quatro vetores e, simultaneamente, em comunicação e em novas tecnologias. Criámos a primeira aplicação digital que associa a recolha seletiva a um concurso, e que tem quase todos os prémios que existem em matéria de publicidade digital”.

Durante o decorrer da reunião, foram ainda apresentadas as metas e as estratégias da Valorsul, bem como apresentado o programa para o Ecovalor 2019/2020.

Presente nesta iniciativa esteve também Sérgio Pratas, representante do Município de Loures nos Conselhos de Administração e Executivo da Valorsul.

 

Programa Ecovalor

O Ecovalor é um programa de educação ambiental da Valorsul, que tem por missão promover a reciclagem e as boas-práticas ambientais junto das escolas e das instituições de solidariedade social.

Neste programa, que decorre nos 19 municípios da área de intervenção da Valorsul, a reciclagem tem um duplo valor. Os materiais recicláveis voltam ao ciclo de produção e transformam-se em matéria prima e as escolas e as instituições são premiadas pelo seu bom desempenho ambiental.

Os participantes terão ainda acesso a ações de sensibilização, visitas à Valorsul e a prémios, que são atribuídos, no concurso Separa e Ganha, aos estabelecimentos de ensino ou às IPSS pela separação de materiais recicláveis.

 

A empresa

Recorde-se que a Valorsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A. é a empresa responsável pelo tratamento e valorização das cerca de 950 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos, por ano, em 19 municípios da Grande Lisboa e da Região Oeste: Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

Apesar da sua área de intervenção corresponder a menos de quatro por cento da área total do país, a Valorsul valoriza mais de um quinto de todo o lixo doméstico produzido em Portugal.

A Valorsul é uma empresa participada da EGF, empresa europeia de referência no setor ambiental e líder no tratamento e valorização de resíduos em Portugal.

 


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