A Câmara Municipal de Loures tem vindo a disponibilizar toda a documentação a várias entidades, designadamente à Assembleia Municipal e às forças políticas representadas na Câmara, bem como a outros órgãos de comunicação social, incluindo os relatórios agora exibidos como novidade pela TVI. Mente a TVI ao referir que estavam “trancados a sete chaves”.

O presidente da Câmara prestou esclarecimentos sobre a questão quer perante a Câmara, quer perante a Assembleia Municipal, em reunião da sua comissão especializada. Foi esclarecido nessa reunião que, tendo os relatórios a informação essencial, embora de forma muito sintética, o que é relevante para comprovar a execução do contrato é a sua comprovação pelos serviços municipais, o que aconteceu efetivamente. Estranho seria que a comprovação da execução dos contratos se baseasse na mera entrega unilateral de um relatório pelo prestador de serviços. Essa comprovação pelos serviços municipais foi entregue há várias semanas à TVI.

No relatório da reunião da Comissão da Assembleia Municipal que a TVI exibe brevemente, destacando e lendo apenas parte do parágrafo, está isso mesmo textualmente descrito: “O sr. presidente Bernardino Soares confirma que (…) o processamento de qualquer fatura de um fornecedor é efetuado unicamente após a validação de um responsável municipal que valida os trabalhos e declara os mesmos como efetuados”. Só que a TVI esconde essa parte e acentua com sublinhado e voz off uma outra pequena parte do que está escrito, de forma a colar com a teoria especulativa que tem vindo a desenvolver.

Mente, portanto, a TVI quando afirma que o prestador de serviço foi “pago sem provar”.

A TVI procura esconder que os referidos relatórios, apesar de sintéticos, referem explicitamente a execução de “verificação de componentes mecânicos e elétricos e limpeza dos abrigos constantes na lista dos abrigos no âmbito do contrato”, procurando induzir a ideia de que apenas se realizaram substituições de lâmpadas e casquilhos. Mais uma vez é esta a única parte do texto sublinhada e lida em voz off, ignorando o restante texto que desmente esta infundada acusação.

Aliás a TVI continua a não fazer qualquer referência ao número de abrigos abrangidos pelas obrigações de limpeza, reparação, manutenção, substituição de componentes e de publicidade institucional do Município – 438 abrigos espalhados por 170 km2. Ao fim de várias peças, um dado essencial para a compreensão da dimensão dos trabalhos executar, continua a ser omitido, porque não encaixa no relato produzido.

Volta a TVI a insistir na ideia dos contratos a “título pessoal”, procurando induzir de forma manipulatória uma ideia de favorecimento quando o que está em causa são contratos com uma das formas empresariais previstas na lei, aliás na sua maioria com consulta a várias empresas.

Em vários momentos da peça, para além de outras técnicas manipulatórias, a TVI junta determinadas questões com respostas a perguntas diferentes, procurando dar uma ideia de incoerência. É o caso da pergunta sobre relações de parentesco familiar do prestador de serviços referido na peça, a que a TVI “cola” uma resposta a outra pergunta, que não essa, para apodar de mentiroso o presidente da Câmara. Sobra desfaçatez à TVI para fazer acusações sem fundamento, quando ao mesmo tempo mente, deturpa e trunca toda a informação de que dispõe.

A Câmara Municipal de Loures emite esta nova nota para que todos os que queiram ter acesso à verdade dos factos possam fazer o seu juízo sobre eles. Naturalmente há muito ficou claro que nenhum esclarecimento interessa à TVI, a quem apenas a especulação, a manipulação e a mentira servem.