A iniciativa da Câmara Municipal, em parceria com a Associação Clenardus, pretendeu (re) descobrir o jardim do Museu Municipal de Loures, na Quinta do Conventinho, e, através de elementos pictóricos e plantas vivas, fazer a ponte com a mitologia grega e romana.
Manuel Rodrigues e Filomena Barata, da Associação Clenardus, foram os guias de serviço que, ao longo do jardim do museu, contaram histórias e mitos acerca de deuses e deusas, que embora fossem entidades divinas, possuíam comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos.
A caminhada iniciou-se junto à entrada para a Capela do Espírito Santo, onde os visitantes puderam observar dois ciprestes. De acordo com os guias da Associação, esta espécie era atributo do deus Silvano, protetor dos bosques e das florestas, remetendo-nos para a perpetuidade da natureza, devido à sua longevidade. Simboliza também a árvore da vida e a união entre o céu e a terra. Mas o cipreste é também atributo de Hades/Plutão, deus dos infernos, que habitava o mundo inferior. Era plantado junto das necrópoles romanas, sendo ainda hoje usado nos cemitérios, como símbolo da vida eterna.
Os participantes, amantes e curiosos desta temática, tiveram ainda a oportunidade de fazer a ligação entre muitas outras árvores e flores e a mitologia. É o exemplo das rosas que nos faz recordar Afrodite/Vénus, que as tinha como atributo, ou até mesmo Cupido, deus do amor, que se fazia representar com uma coroa de rosas na cabeça.
Pelo jardim ainda foi possível contar histórias sobre a palmeira, a figueira, a oliveira ou até mesmo o loureiro que passou a ser o símbolo de Apolo, representando a vitória e a glória.
No próximo dia 18 de junho, pelas 10 horas, o evento repete-se no Museu Municipal de Loures. As inúmeras pinturas sobre animais, presentes em cada canto do museu, são o mote para evocar o tema da mitologia e a sua simbologia.