Nove bailarinos deram corpo à performance denominada Memento, claramente apostada em trazer à superfície a beleza da diversidade da condição humana, desafiando a ideia de capacidade e limite, e revelando a linguagem universal da dança e da música, designadamente na expressão das emoções e da criatividade.

Criada em 1997, a CiM - Companhia Integrada Multidisciplinar é uma companhia de dança contemporânea/teatro físico, formada por intérpretes e bailarinos com e sem deficiência, que tem vindo a promover uma abordagem pioneira da criação artística face à inclusão, através de expressões artísticas como a dança e a imagem.

Fruto de uma parceria entre a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, a associação Vo’arte e o Centro de Reabilitação Cerebral da Fundação Calouste Gulbenkian, a companhia comemorará, em 2017, dez anos de existência, tendo recentemente recebido dois prémios pelo seu trabalho em torno da inclusão artística – Prémio Acesso Cultura|Acessibilidade Cultural 2015 e Prémio Nacional de Inclusão 2014, pela integração de profissionais, com e sem deficiência, no meio artístico contemporâneo (mais de 100 artistas) e por via da implementação de recursos acessíveis à cultura (espetáculos com áudio descrição e uso de língua gestual em cena).

“Esta iniciativa faz parte de um conjunto de eventos alargado que o Município decidiu organizar, com vista à sensibilização em torno das questões da inclusão. Cada vez mais, queremos ser um Município inclusivo, em que todos, sem exceção, tenham lugar”, assim salientou o vereador António Pombinho, no final da iniciativa. Marcou igualmente presença na iniciativa o vereador Tiago Matias.