O presidente da Câmara Municipal de Loures esteve presente no seminário para falar sobre políticas públicas de segurança urbana. Ricardo Leão reforçou a ideia de que um autarca “deve fazer parte da solução de todos os problemas que afetam a vida das pessoas”, não deixando de valorizar a PSP, “que faz um trabalho exemplar, com poucos meios”.

Ricardo Leão elencou alguns dos contributos da Câmara de Loures para a segurança do concelho, entre eles, a aquisição de seis novas viaturas para a PSP, assumindo, simultaneamente, a manutenção de outras seis, bem como de um edifício em Sacavém “com o objetivo de transformar aquele espaço em 21 alojamentos para agentes da PSP deslocados”, e ainda a implementação de 240 câmaras de videovigilância para garantir a segurança e preservar o espaço público.

O autarca sublinhou a importância de um papel ativo de parceria entre a Polícia Municipal e a PSP: “Vou-me bater seriamente por um estatuto próprio para a Polícia Municipal”, afirmou. “É preciso reforçá-la de meios físicos e humanos, libertando a PSP de certas tarefas, e assim chegar a esse desiderato que é mais segurança e mais policiamento de proximidade no nosso concelho”.

Ricardo Leão abordou, ainda, a necessidade “de acabar com o Licenciamento Zero, que não permite que as autarquias tenham participação na escolha de lojas de conveniência e de espaços noturnos que perturbam o descanso das pessoas”, destacando o papel importante da PSP e da Polícia Municipal “para travar o crescimento destes estabelecimentos pelo concelho fora”.

O autarca terminou a intervenção com a certeza de que “há desafios importantes para o futuro”, apontando como um deles a vontade de retomar os Contratos Locais de Segurança. “Foram extremamente importantes no passado, promovendo uma enorme proximidade entre a autoridade e os cidadãos”.

O seminário, que decorreu nos dias 26 e 27 de novembro, reuniu académicos, autarcas, magistrados, profissionais das forças de segurança, representantes da sociedade civil e investigadores, para discutir tendências recentes, analisar boas-práticas nacionais e internacionais e refletir sobre estratégias futuras “para garantir que a Área Metropolitana de Lisboa continue a ser um lugar ainda mais seguro, não apenas estatisticamente, mas na experiência quotidiana das ruas, dos bairros e dos espaços partilhados”, tal como referiu, na ocasião, o Superintendente-Chefe Luis Elias, comandante do Comando Metropolitano de Lisboa.