A Vespa velutina é uma espécie invasora que se caracteriza por constituir colónias de grandes dimensões, na ordem dos milhares de indivíduos, construindo ninhos primários (do tamanho de uma bola de ténis) em zonas abrigadas, como alpendres, e, posteriormente, definitivos (em forma de pera, com até 60 centímetros de diâmetro), normalmente nas copas das árvores. Individualmente, não é mais agressiva do que outras espécies nem o seu veneno difere de outras vespas, mas, quando o ninho é perturbado, produz-se uma resposta de grupo que pode perseguir a fonte da ameaça durante cerca de 500 metros, podendo ser fatal.

O seu combate requer a participação de diversas entidades, entre as quais, as administrações Central e Local, forças de segurança, corporações de bombeiros, associações de agricultores, apicultores ou ambientais, proprietários e cidadãos em geral.

Neste plano, a vigilância passiva, bem como a deteção de animais e ninhos, é partilhada por todos os intervenientes, sendo centralizada no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), como entidade coordenadora, através da plataforma STOPvespa (https://stopvespa.icnf.pt/).

No que respeita à destruição dos ninhos de Vespa velutina, esta está cometida aos municípios onde se regista a sua ocorrência ou a outra entidade que seja por si autorizada, devendo ser, sempre que possível, acompanhada pelo proprietário/arrendatário do prédio em causa. É nesta vertente que a Câmara Municipal de Loures, através do Departamento de Ambiente, assenta os seus esforços.

Paralelamente, e numa ação preventiva que tem vindo a dar frutos, é efetuado a captura primaveril de vespas rainhas fundadoras, durante o período de construção do ninho primário, impedindo assim a implantação de colónias. Para tal, este ano foram colocadas 46 armadilhas alimentares, tendo sido capturadas 1281 vespas, a maioria das quais fundadoras.

Para mais informações, recomendamos a leitura do Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, disponível na seguinte ligação: https://www.icnf.pt/api/file/doc/4187db2acfea6e33.