Da responsabilidade da Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género (AMPLOS), alertam para a necessidade de uma sociedade mais justa, através do levantamento de necessidades junto de familiares de pessoas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e Intersexo), assim como de representantes de instituições e comunidades escolares, com respostas efetivas para as dificuldades que possam surgir nas interações.

Os guias apresentam conjuntos de procedimentos e orientações, acompanhados por vários testemunhos sobre comportamentos face a grupos minoritários que, no dia a dia, ainda sentem a denominada “pressão social para a norma”, afirmou a psicóloga Ana Silva, porque o preconceito continua a existir, nomeadamente em relação à orientação sexual e identidade de género.

Estas ações verificam-se desde as crianças, “as quais não devemos condicionar aos estereótipos do género, que não ajudam à perceção da própria pessoa”, prosseguiu a profissional de saúde, avançando com “o indispensável papel proativo das famílias no processo de transição social ou afirmação do género”.

Recomendou ainda que se evitassem referências à diferenciação das cores azul para meninos e rosa para meninas, e que se utilizasse o nome pelo qual a criança quer ser chamada nas escolas, onde “os pedidos de alteração do nome social aumentaram, nos últimos anos, trezentos por cento”.

Na escola ou outra entidade, “o espaço físico tem bastante impacto, causando uma impressão que deverá ser positiva e geradora de sentimentos de segurança e bem-estar, como por exemplo, colocar um galhardete ou uma bandeira arco-íris”, lê-se no Guia Azul.

Com mais esta iniciativa, o Município de Loures pretende chamar a atenção para a cultura de tolerância, respeito e igualdade de direitos de cada ser humano.