A sessão teve como objetivo debater o projeto que pretende valorizar a frente ribeirinha, através de um percurso pedonal e ciclável a nascente do IC2, permitindo a fruição do rio.
“Sabemos como é difícil à população conseguir chegar mais perto de uma zona tão rica como é a frente ribeirinha”, mencionou Tiago Matias, vereador da Câmara de Loures com o pelouro do Urbanismo. “É por isso que estamos a preparar um caminho e um projeto que nos aproxime do Tejo. O que hoje queremos fazer aqui é discutir as diretrizes pensadas para essa aproximação”.
Helena Araújo, técnica do Município e arquiteta paisagista, expôs o programa preliminar e o estudo prévio realizados no âmbito da criação do percurso ribeirinho. A técnica deu a conhecer os vários ensaios, através dos quais foi possível definir troços e percursos, e aferir necessidades de melhoria como a recuperação dos cursos de água, afluentes ao estuário do Tejo.
Os objetivos e mais-valias do projeto foram apresentados pelo técnico da Autarquia, Manuel Vila Verde, que considerou o rio um elemento “absolutamente estruturante e de união, já que permitirá ligar Loures a Vila Franca de Xira e a Lisboa. Ao mesmo tempo, pretende-se articular um conjunto de outros fatores ao redor do Tejo, tais como o património industrial e o património religioso existente no concelho de Loures, as quintas, o sapal do estuário e a avifauna existente”.
Além do aproveitamento dos pontões existentes sobre o Tejo, pretende-se a criação de interfaces de transportes públicos e a sua articulação com as estações de caminho-de-ferro, bem como aproveitar o potencial da zona para a criação de corredores verdes.
De acordo com o técnico, o projeto foi sujeito a uma candidatura a fundos estruturais, tendo já sido realizadas várias reuniões com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Estradas de Portugal, Porto de Lisboa, Valorsul, proprietários de empresas e de terrenos contíguos à frente ribeirinha.
A sessão continuou com um debate aberto ao público, seguido de um passeio até ao Tejo.