Na Quinta dos Remédios será erigido um Parque de Ciência e Tecnologia, o qual terá como valências: infraestruturas de investigação e desenvolvimento, instalação de empresas de base tecnológica, alojamento de estudantes, professores e investigadores e uma área denominada como Técnico Science Garden. Aqui, pretende-se o envolvimento da comunidade escolar e local, através de projetos e eventos de ordem social, cultural, desportiva e ambiental.
O projeto insere-se, ainda, na requalificação da Frente Ribeirinha de Loures, o qual foi sujeito a intenção de investimento no âmbito do Programa Operacional para a Região de Lisboa – POR Lisboa 2014-2020, com criação de um percurso ribeirinho, construção de ponte pedonal, recuperação e construção de pontões, implantação de um percurso pedonal e ciclável e reabilitação da Casa da Quinta dos Remédios, para instalação de um centro de vocacionado para a ciência e tecnologia.
Além da Câmara Municipal de Loures e do IST, são parceiros neste projeto as câmaras municipais de Lisboa e Vila Franca de Xira, assim como o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, pretendendo-se envolver as empresas localizadas nessa faixa.

“Queremos acesso ao Tejo para lazer”
Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures, assinou o protocolo, considerando-o “um passo importante que exige muito trabalho para diante e que nos dá a convicção de um futuro com muitos resultados para obter”.
“Abre ainda um conjunto de perspetivas interessantes: um parque de ciência e tecnologia que esperamos que seja uma mais-valia para o Município e para o país, e a viragem para o Tejo. Queremos acesso ao Tejo para lazer, pois existe uma enorme barreira que muito penaliza a população e que todos anseiam por romper”, acrescentou Bernardino Soares.
“Este trabalho com o IST permite-nos sonhar com este projeto”, referiu o autarca. “E é possível concretizá-lo, não sei se a médio, se a longo prazo. Mas estamos todos empenhados no acesso a fundos comunitários e a outras fontes de financiamento para que possa vir a ser uma realidade, numa área densamente povoada e tão carente de espaços de descompressão e de lazer”.
Arlindo Oliveira, presidente do IST, também assinou o protocolo, referindo que “agora o importante é implementar as atividades que nele estão descritas” e dar corpo a “iniciativas concretas”.
O presidente da universidade disse ainda ter “muita esperança na parceria com a Câmara de Loures” e na capacidade que em conjunto terão para “aumentar o nível de investimento na ciência e tecnologia junto dos jovens, ao contrário das políticas do Governo que muito nos têm dificultado a vida”.
Em representação da comissão paritária, esteve o vereador da Câmara Municipal de Loures, António Pombinho, que classificou o momento “como o primeiro dia do resto dos nossos projetos”, deixando o desejo de passar “das ideias à vida”.
Também Rogério Colaço, vice-presidente do IST e membro da comissão paritária, apelidou a assinatura do protocolo de “sonho” que permitirá “cumprir melhor e mais além a missão do IST, divulgando conhecimento num espaço aberto ao público”.
Já Tiago Matias, vereador responsável pelo pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal de Loures, considerou este protocolo como “a prescrição médica para a revitalização de um território até agora esquecido, mas que se tornará num espaço de referência no contexto metropolitano”.

Desafios de Engenharia dá prémios a alunos
No dia 2 de junho, 74 alunos do 3º ciclo, do Agrupamento de Escolas da Bobadela, reuniram-se no Campus Tecnológico e Nuclear, onde tiveram a oportunidade de realizar experiências na área da ciência. O objetivo dos Desafios da Engenharia foi fomentar o interesse pela matemática, física e química, através de desafios em grupo.
“No próximo ano letivo, pretende-se que esta atividade-piloto seja alargada a todo o Município de Loures e replicada noutros agrupamentos de escolas do concelho”, referiu Palmira Ferreira da Silva, vice-presidente do IST e responsável pelo concurso. Após a assinatura do protocolo, foram entregues os prémios aos alunos que mais se distinguiram na competição.
“É importante que as autarquias e as universidades se unam e tragam até nós a sociedade e o tecido produtivo, pois só assim se desenvolve o país”, rematou Palmira Ferreira da Silva.