Integrada no âmbito do Loures em Congresso, a iniciativa Loures Norte, identidade e desenvolvimento teve início com uma visita ao Museu do Vinho e da Vinha de Bucelas, complementada depois com uma visita ao Largo Monumental e Palácio dos Arcebispos, em Santo Antão do Tojal, e um percurso por Lousa e Montachique, que terminou no Grupo Musical e Recreativo da Bemposta.

Aí teve lugar um debate que juntou à mesma mesa António Pombinho, vereador da Câmara Municipal de Loures, Jorge Humberto, da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, Ana Firmino, da Universidade Nova de Lisboa, Márcia Mendes, da Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia, e de Dina Duarte, da Montiqueijo.

António Pombinho lembrou que “Loures é uma região marcada por fortes contrastes”, garantindo que “não é possível ter uma estratégia de desenvolvimento para a região sem respeitar a sua identidade”.

Estava dado o mote para o debate que se seguiu, com Ana Firmino a apresentar a sua comunicação “Loures Norte: visões de futuro”, na qual defendeu que este é “um território com caraterísticas próprias e bastante sensível”.

A professora da Universidade Nova de Lisboa frisou que “a natureza não pode ser um obstáculo, mas sim uma vantagem”, sugerindo quatro tipos de ações que podem ter sucesso e contribuir para o desenvolvimento do concelho: turismo de saúde, natureza, aventura e acessível.

Vinho, gastronomia e natureza

Já Márcia Mendes, da A2S, contou um pouco da história desta associação que engloba também os municípios de Sintra e Mafra, lembrando que esta é a altura certa e uma excelente oportunidade para a “implementação de projetos locais de base comunitária, ligados à ruralidade”.

Jorge Humberto destacou o facto de ser difícil captar os turistas que chegam a Lisboa e que, em média, passam pouco mais de dois dias na capital portuguesa: “Como colocar a região de Loures nesta equação?” – desafiou. “Loures não pode continuar a vender potencialidades. É preciso passar às realidades, a ofertas concretas, com preços e horários”. Do seu ponto de vista, o Município tem três grandes áreas onde deve apostar: vinhos, gastronomia e natureza. “Não faltam razões para visitar Loures”, concluiu.

Por seu lado, Dina Duarte enfatizou a necessidade de “valorizar a natureza e respeitar os seus percursos normais”, referindo também que para o concelho ser competitivo é necessário, cada vez mais, “criar parcerias e aproveitar as sinergias”.

Nesta iniciativa marcaram também presença o vereador Fernando Costa, e os presidentes das juntas de freguesias de Bucelas, Lousa e da União de Freguesias de Santo Antão e São Julião do Tojal.