No âmbito do Loures em Congresso, realizou-se, dia 2 de junho, um debate sobre Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) de Loures.
A iniciativa decorreu no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, onde foi inaugurada uma exposição organizada pela Faculdade de Arquitetura de Lisboa, sobre alguns dos bairros de Loures construídos a partir deste projeto arquitetónico e político criado poucos meses depois do 25 de Abril de 1974. Entre os exemplos mais significativos em Loures estão um bairro na Manjoeira, em Santo Antão do Tojal, e os bairros da Torre e de Santo António, em Camarate.
O objetivo destes projetos foi atender às necessidades das populações desfavorecidas, tendo sido considerado na altura um dos projetos mais pioneiros na Europa.
Sob o tema O SAAL de Loures revisitado: que desafios?, este debate contou com a participação da vereadora da Câmara Municipal de Loures, Maria Eugénia Coelho, que lembrou que “quatro décadas depois, o direito à habitação ainda não é totalmente assegurado. Apesar de não se uma competência da Autarquia, não deixamos de estar preocupados e de procurar soluções junto da Administração Central”.
Maria Eugénia Coelho acrescentou que “o SAAL foi uma ideia muito interessante porque contemplava a participação das pessoas. Uma das ideias-chave era precisamente a autoconstrução”, frisando que “este projeto pode ter projeção no futuro, naturalmente adaptada ao século XXI”.
A sessão contou ainda com a moderadora Isabel Raposo e como oradores Keil do Amaral e Vítor Manuel Afonso Alberto, autores do projeto SAAL no concelho de Loures, que destacaram o facto deste projeto ter sido elaborado ouvindo as pessoas, o que o tornou num momento percursor na história da habitação.