Em Portugal, a AIDGlobal é promotora deste desígnio, o qual inclui mulheres que solicitam asilo e as beneficiárias de proteção internacional. “É uma iniciativa de inclusão social de mulheres de outras origens que abraçaram o nosso território como país de acolhimento”, afirmou a presidente da direção da organização não-governamental, Susana Damasceno. Entre outras atividades, a associação promoveu a criação de duas hortas comunitárias – na Urbanização dos Terraços da Ponte e no Centro de Acolhimento de Refugiados – as quais contaram com a participação de meia-centena de mulheres, capacitando-as para o desenvolvimento de iniciativas agrícolas inovadoras e de empreendedorismo, através de métodos de agricultura sustentável que viabilizem a reabilitação e a valorização urbanas.

“Somos um concelho de acolhimento, com mais de 120 nacionalidades, e valorizamos os projetos que visem a integração e as condições de vida adequadas para todos, seja por motivos de subsistência e de apoio ao rendimento familiar, mas sobretudo pela manutenção de uma prática ligada às origens”, assinalou o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares.

A instalação, em breve, de um novo edifício do Centro de Acolhimento Temporário do Conselho Português para os Refugiados, num terreno cedido pelo Município, na Bobadela, com mais 95 lugares, representa também o “acolhimento da interculturalidade, uma marca indelével do nosso concelho que queremos preservar”, enalteceu o autarca.

“A integração, bem como o respeito pelos direitos humanos e pelo direito de asilo aos refugiados são uma prioridade para Loures”, assinalou Bernardino Soares, defendendo que “todos temos de continuar a lutar por uma política humanista”.

No evento estiveram ainda representantes dos outros seis países parceiros: Áustria, Chipre, França, Grécia, Inglaterra e Itália.