O objetivo da sessão foi fazer “um ponto de situação”, relativamente às questões levantadas pelos moradores do Infantado, em 2015, numa outra sessão pública realizada no mesmo local, e “perspetivar o desenvolvimento futuro”, referiu, na ocasião, o presidente da Câmara de Loures.

Há dois anos, um dos temas que mereceu maior atenção da população foi o pavilhão desportivo da Escola João Villaret, que ainda se encontra por construir. Bernardino Soares assegurou que o estudo prévio em relação à implantação do pavilhão está concluído, estando a Autarquia, atualmente a “obter os pareceres das entidades que têm obrigatoriamente de se pronunciar, para depois lançar o concurso para a elaboração do projeto e, finalmente, o concurso para a construção da obra”. Contudo, avisou que “não haverá pavilhão para o próximo ano letivo”, mas que a expetativa é que “daqui a dois anos, no máximo, tenhamos este assunto resolvido e que a escola tenha, finalmente, um pavilhão como deveria ter desde o seu início”.

A história do pavilhão desportivo é longa mas simples. Quando a Escola João Villaret foi construída, em 2009, o Município de Loures assinou um protocolo com o Ministério da Educação, ficando a Câmara como dona da obra. Nesse acordo, existia uma cláusula em que o Ministério atribuía 350 mil euros à Autarquia, com o objetivo de ser construído também um polidesportivo coberto. Na altura, entendeu o Executivo que estava em funções, levar a Reunião de Câmara uma nova proposta, a qual previa a construção de um pavilhão em vez de um polidesportivo. Apesar de aprovada, com o voto favorável de todas as forças políticas, a proposta nunca avançou. “Temos vindo a insistir com o Governo no sentido de, pelo menos, nos disponibilizar os 350 mil euros que estavam comprometidos”, referiu Bernardino Soares, adiantando que “finalmente, em março, foi publicada uma portaria que nos atribui, não 350 mil euros, mas o direito a 330 mil euros”, assegurou.

De acordo com o presidente da Câmara, o Município continua a optar pela construção do pavilhão “pela simples razão de que, além do Ministério da Educação só assegurar um terço do valor, um polidesportivo coberto não serve a comunidade, mas apenas a escola, e com algumas limitações”.

Relativamente ao local da construção, Bernardino Soares explica que “o pavilhão terá de ser construído no sítio onde está atualmente o ringue da escola”, garantido que este terá “as dimensões adequadas para todas as modalidades básicas, com uma pequena bancada, sala multiusos e balneários, quer para as atividades da escola, quer para competições como as dos escalões de formação”.

Câmara e moradores debatem problemas do Infantado

Bernardino Soares, bem como o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Paulo Piteira, e os vereadores António Pombinho, Maria Eugénia Coelho e Tiago Matias, abordaram ainda outras temáticas como a recolha do lixo sobre a qual foi considerado “ter havido uma melhoria”, que só foi possível “pela entrada de mais trabalhadores para a área dos resíduos e pela disponibilização de mais viaturas”.

O problema das frequentes roturas no abastecimento de água também não foi esquecido, tendo o presidente da Câmara apresentado a solução adotada para minimizar a situação: “O Infantado estava a ser abastecido apenas por uma grande conduta e o que fizemos foi terminar uma ligação, que estava prevista mas que não estava concluída, reativando os depósitos na zona do Conventinho, em Santo António dos Cavaleiros, o que permite ter uma segunda fonte de abastecimento. Quando na fonte principal há problema, temos esta alternativa”.

A nova superfície comercial, Aldi, e os benefícios que esta traria para o Infantado, foram outros dos temas em cima da mesa. “Resolveu-se o problema da entrada no Infantado com a construção do Aldi, a quem obrigámos a fazer uma recuperação de todo aquele espaço da antiga piscina, onde existiam outras infraestruturas abandonadas”, referiu o presidente da Câmara. “Todo este processo vai culminar, nos próximos meses, com a construção de um parque urbano nessa zona. Uma zona verde com diversos equipamentos, entre eles, um café, zona de merendas, skate park, três campos de paddle e anfiteatro para espetáculos”.

Estacionamento, transportes, com destaque para a extensão do metro ao Infantado, pavimentações, entre muitas outras questões levantadas pelos moradores, preencheram o restante programa da sessão de esclarecimento.